Quem Escreve seus males espanta – Uma forma de faxina emocional

Escrevi essas poesias no decorrer da minha vida. Ia colocando para fora o que estava instalado na alma e no coração e/ou entalado no peito ou na garganta.

Muitas, mas muitas mesmo foram amassadas e jogadas no lixo, pois tinha receio de estar sendo ridícula, mas a maturidade traz a liberdade de não ligarmos muito mais para julgamentos,

Não vou mentir e nem posso, afinal, quem ler esse humilde BLOG vai ver que sempre estou lidando com meus medos, fantasmas e dores interiores.

Na verdade, escrever me trouxe viva até esse ponto da minha vida, pois só quem pensa com o coração, sabe o quanto é difícil lidar com as dores da alma.

Bem, eu encontrei a poesia como forma de catarse.

Assim como uma pessoa que arruma um armário ou faz uma faxina com flanela e vassouras, eu faço a faxina da minha alma com caneta e papel.

O que sobra de uma faxina?

Vocês diriam: coisas velhas, aquela calça 38 que não te cabe há muito tempo e você finalmente se tocou que não vai caber mais mesmo, coisas que realmente você não quer que faça mais parte do seu armário, da sua casa e da sua vida.

Papéis, contas antigas, fotos mofadas, muita poeira.

Você diria até que só sobra lixo. Chame como quiser.

Mas nessa época do ecologicamente sustentável,

Até o lixo pode ser reciclado em algo útil.

Não estou chamando minhas poesias de lixo,

Porque com certeza, mesmo que alguém as considerasse, eu sei que você que lê esse BLOG se encontrará em algum momento “um possível autor” de uma de minhas poesias e dirá: – pensei que era só eu que sentia isso, não estou só. E nesse momento toda essa faxina interior e exposição através de um BLOG terá valido a pena.

Gratidão para quem leu e captou a minha mensagem com o coração !

Inês Helena
Fevereiro de 2009

Publicado no blog em 26/12/2012.

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