Pudera até aquela estrela viajar,
e fazer, aparecer,
no silêncio do vácuo.
A mais pura do pensamento exato.
Uma palavra que revelasse o brilho, do seu olhar,
talvez,
na minha ilusória insensatez,
talvez,
no doce sonhar dos dias.
Tenha descoberto essa palavra,
tenha descoberto essa palavra,
essa palavra que antes não se fez,
talvez.
Talvez,
na minha ilusória insensatez,
talvez,
no doce sonhar dos dias,
tenha descoberto essa palavra,
tenha descoberto essa palavra,
essa palavra que é você Inês.
Apenas uma palavra,
singelamente entrecortada,
que ecoasse no pulsar do meu coração.
Encerrando latente, a força da criação,
no perfume de uma flor semi-desabrochada.
Uma palavra fosse como um canto,
abrilhantando todo o verso da minha poesia.
Trazendo o singular mistério.
Trazendo o singular mistério.
O singular mistério de um encanto.
Talvez,
na minha ilusória insensatez,
talvez,
no doce sonhar dos dias,
tenha descoberto essa palavra,
tenha descoberto essa palavra,
essa palavra que antes não se fez,
talvez.
Talvez,
na minha ilusória insensatez,
Talvez,
no doce sonhar dos dias,
tenha descoberto essa palavra,
tenha descoberto essa palavra,
e encontrado essa palavra que é você Inês.

Barroso & Aulo Baz
Maio de 1981

Publicado no blog em 10/05/2015.