Construí um castelo na areia,
projetei cada detalhe,
cada janela,
cada porta,
cada torre,
cada fosso…
Usei a areia da praia
e moldei-o com a água do mar.
Fiz uso das minhas mãos e da minha imaginação.
Acariciei cada pedaço desse castelo,
acreditando que ele seria de verdade,
com uma função real,
pessoas reais,
em um mundo real…
Mas uma voz veio e me disse,
que era apenas um castelo,
feito de areia e água,
tão frágil quanto um cristal.
Que na verdade,
era fruto da minha imaginação e que a minha vontade deu forma…
Me abalaram àquelas palavras,
que soavam tão coerentes.
Tanto tempo dedicado a um frágil castelo de areia ?
O castelo não estava ameaçado pelo vento,
pela subida da maré,
ou por outras forças físicas,
mas sim por “palavras”.
Acatei a verdade das palavras…
Era apenas um castelo de areia,
mas era o “MEU CASTELO DE AREIA”,
mesmo que a realidade o destruísse ou negasse,
ele poderia ser útil e continuar existindo,
no meu mundo,
na minha imaginação,
nos meus sonhos,
com outros personagens,
e principalmente,
sem dar crédito àquelas palavras…

Inês Helena
Junho/2008

Publicado no blog em 13/07/2011.